@MASTERSTHESIS{ 2022:212027119, title = {Abordagens fonoaudiológicas e educacionais voltadas à linguagem escrita de pessoas diagnosticadas com transtorno do espectro autista}, year = {2022}, url = "https://tede.utp.br/jspui/handle/tede/1901", abstract = "Nos últimos anos pode-se acompanhar o crescimento de sujeitos diagnosticados com Transtorno do Espectro Autista (TEA) sendo matriculados na rede básica de ensino. Considerando que tais pessoas podem apresentar condições restritas e singularidades relacionadas à leitura e escrita faz-se necessário sistematizar estudos a fim de compreender como se dá o processo de apropriação dessa modalidade de linguagem e como tais condições podem ser enfrentadas e superadas. Nessa direção, este estudo foi organizado a partir de dois artigos científicos. O primeiro teve por objetivo analisar como parte do conhecimento nacional aborda o quadro clínico denominado TEA e quais procedimentos clínicos fonoaudiológicos e educacionais voltados à apropriação e ao processo de ensinoaprendizagem da linguagem escrita junto a essas pessoas estão sendo adotados. Trata-se de uma revisão integrativa realizada a partir da busca nas bases Lilacs, Scielo, ERIC, Google Scholar, ProQuest e BDTD. A busca foi realizada a partir dos seguintes descritores em português, inglês e espanhol: “Transtorno Autístisco”, “Autismo”, “Transtorno do Espectro Autista”, “Escrita”, “Transtorno de Linguagem”. Além dos descritores apresentados, também, foram utilizados os seguintes termos: “Linguagem Escrita”, “educação”, “Alfabetização” e “Fonoaudiologia”. Como critérios de inclusão foram selecionados artigos e dissertações, publicados na língua portuguesa, que abordassem aspectos clínicos fonoaudiológicos e educacionais voltados ao processo de ensino-aprendizagem da linguagem escrita de pessoas com TEA, produzidos nos contextos da fonoaudiologia e da educação. Cinco estudos passaram a compor o corpus. A análise dos resultados foi realizada a partir da abordagem denominada análise de conteúdo de Bardin. Evidenciou-se que 60% dos estudos foram produzidos na área da educação e 40% na área da fonoaudiologia. Observou-se que 60% dos artigos envolveram crianças, 20% jovens e 20% adultos. No que se refere ao contexto institucional, nota-se que 80% dos estudos foram produzidos no contexto educacional e 20% no contexto clínico. Foi possível constatar que 80% das produções estão fundamentadas em uma visão social e histórica de sujeito e 20% numa perspectiva biomédica. Houve predominância da concepção de linguagem escrita como prática social (80%) em relação a que trata a escrita como código (20%). No que se refere aos procedimentos, 80% dos estudos abordam práticas envolvendo os processos de ensino-aprendizagem e somente 20% práticas clínicas fonoaudiológicas. Dentre essas, observou-se a adaptação curricular, o uso de estratégias pedagógicas e práticas avaliativas educacionais e clínicas. Fica evidente a escassez de estudos e a necessidade de profissionais de ambas as áreas, educacional e fonoaudiológica, desenvolverem pesquisas que abordem as referidas temáticas com vistas à aprendizagem da leitura e da escrita entre os sujeitos diagnosticados com TEA. O segundo artigo teve por objetivo analisar práticas fonoaudiológicas e educacionais voltadas à apropriação da linguagem escrita junto a pessoas com TEA e as concepções que sustentam tais práticas abordadas e veiculadas em vídeos publicados na plataforma digital YouTube. Para a composição do corpus de pesquisa, inicialmente, efetuou-se, via online, a busca de vídeos postados na plataforma YouTube em língua portuguesa, utilizando as seguintes palavras-chave: “linguagem escrita”, “fonoaudiologia”, “educação”, “Transtorno do Espectro Autista”, “Autismo”, “Letramento” e “alfabetização”. Como critérios de inclusão foram utilizados vídeos nacionais produzidos, nos últimos 10 anos, para a plataforma YouTube que versassem sobre apropriação da linguagem escrita de pessoas com TEA, gravados por fonoaudiólogos e/ou professores. Foram selecionados 13 vídeos para compor o corpus de análise. Evidencia-se que a maioria dos vídeos foram produzidos por fonoaudiólogos (53,84%), sendo de autoria de professores somente 46,16% dos vídeos. A maior parte está sendo direcionado aos professores (92,31%), apenas 7,69% destinado aos fonoaudiólogos. Verificou-se que 69,23% dos autores concebem a linguagem como código e 30,77% como prática social. No que se refere aos procedimentos, é possível observar que 92,31% dos vídeos abordam práticas envolvendo os processos de ensino-aprendizagem e 7,69% práticas clínicas fonoaudiológicas. Os dados sugerem que a maioria dos profissionais envolvidos no processo de apropriação da linguagem escrita baseiam suas práticas em uma concepção de linguagem escrita concebida como código. Apenas 4 autores partiram de uma concepção dialógica, porém, ao analisar as práticas sugeridas por esses profissionais, observa-se que 2 deles basearam-se na gramática normativa. Pode-se acompanhar o uso de estratégias que visam o desenvolvimento de habilidades cognitivas e acadêmicas, diminuição de condutas inadequadas, bem como o uso de métodos e a prática avaliativa tanto educacional, quanto clínica. Fazem-se necessárias mais pesquisas para compreensão em relação à plataforma onde esses vídeos são publicados, enfocando, dentre outros aspectos, critérios de seleção dos vídeos e autenticidade do conteúdo. Retomando o objetivo desta dissertação, pode-se dizer que foi contemplado, uma vez que, os estudos detalhados para realização deste trabalho mostraram dados e resultados que evidenciaram uma problemática enfrentada por um grande número de pessoas diagnosticadas TEA, a qual se refere a condições restritas de leitura e escrita, bem como quais procedimentos clínicos fonoaudiológicos e educacionais estão sendo utilizados para fazer frente a tais dificuldades.", publisher = {Universidade Tuiuti do Paraná}, scholl = {Mestrado em Distúrbios da Comunicação}, note = {Distúrbios da Comunicação} }