@MASTERSTHESIS{ 2021:1575578192, title = {O bem-estar de crianças e adolescentes em guarda compartilhada com residência alternada}, year = {2021}, url = "https://tede.utp.br/jspui/handle/tede/1832", abstract = "O objetivo principal deste estudo foi comparar o bem-estar de crianças e adolescentes em dois tipos de arranjos de guarda compartilhada: a guarda compartilhada com residência alternada (GCRA) e guarda compartilhada sem alternância de residência. Os objetivos específicos foram analisar o bem-estar dos filhos por meio dos questionários Kidscreen-52 e SDQ e comparar os resultados dos filhos nos dois grupos de arranjos, além de correlacionar os resultados com as variáveis informadas pelos genitores dos filhos entrevistados tanto no questionário sociodemográfico (como, por exemplo, tempo de arranjo, tempo da separação, frequência da alternância ou do contato com o genitor não residente, idade, renda, dentre outros) como na entrevista (ausência de conflito entre os genitores, comunicação entre eles, como o genitor avalia a parentalidade do outro genitor, satisfação do genitor com o arranjo, quanto considera o bem-estar do filho com o arranjo). A amostra contou com um total de 16 famílias (20 genitores e 20 filhos). Dos filhos, 10 viviam em GCRA e 10 estavam convivendo na outra modalidade de arranjo (guarda compartilhada sem alternância de residência). Foram realizadas análises estatísticas de comparação entre os grupos de filhos, análise de correlação (dos resultados dos instrumentos com outras variáveis) e análise qualitativa do conteúdo trazido pelos genitores sobre sua percepção em relação ao arranjo. Ao analisar estatisticamente o resultado geral dos instrumentos aplicados nos filhos, não encontrou-se diferença significativa entre os resultados dos filhos que viviam em GCRA e dos sem GCRA, somente houve uma diferença de magnitude moderada na subescala de saúde e atividade física do Kidscreen, com resultados melhores para os filhos sem GCRA. Também não foram encontradas diferenças entre os grupos nas respostas a questões relacionadas a coparentalidade dos genitores. Na correlação entre diferentes variáveis, encontrou-se que, nas famílias em que os genitores estavam com menos conflitos, as crianças apresentaram melhores resultados no Kidscreen, independente do arranjo ao qual pertencem. Essa correlação foi de magnitude moderada (rho = 0,53; p = 0,016). Os resultados da análise qualitativa vão de acordo com essa correlação pois a classe principal encontrada, quando consideradas as falas de todos os genitores bem como quando considerada a dos genitores sem GCRA foi a “Relação do casal parental” (21% dos segmentos de textos dos genitores em geral e 30,2% dos segmentos de textos dos genitores sem GCRA) em que os entrevistados relataram como os aspectos que envolviam a relação entre os genitores interferiam positiva ou negativamente no bem estar dos filhos e dos genitores. Para o grupo de genitores com GCRA a classe principal encontrada na análise qualitativa foi “O filho escolhe” (30,2% dos segmentos de textos) em que são mencionadas a flexibilidade para que a criança se sinta livre para escolher quando e onde quer estar. As principais limitações da pesquisa foram a amostra reduzida (20 filhos) e a grande maioria das famílias pertencerem a um nível econômico/ cultural alto, tendo assim esse viés da amostra. Os pontos fortes são que o estudo combinou informações provenientes dos próprios filhos com as informações dos genitores e análises quantitativas e qualitativas. Além disso, as respostas aos instrumentos foram fornecidas pela própria criança, em formato de autorrelato. Como sugestão para futuros trabalhos, recomenda-se ampliar a amostra e incluir outros grupos de comparação, como filhos em famílias intactas (sem pais separados) e filhos em guarda unilateral. Também, a fim de poder generalizar os resultados, ter a inclusão de famílias de diferentes classes sociais parece relevante.", publisher = {Universidade Tuiuti do Paraná}, scholl = {Mestrado em Psicologia}, note = {Psicologia} }