@PHDTHESIS{ 2019:1547911787, title = {Associação da exposição dos pesticidas e do ruído nos sistemas auditivo e vestibular de agentes de combate a endemias}, year = {2019}, url = "https://tede.utp.br/jspui/handle/tede/1640", abstract = "Introdução: Grande parte dos estudos relacionados com a exposição aos pesticidas foi realizada com agricultores e não inclui o uso dos pesticidas na saúde pública e nem a exposição simultânea ao ruído. Por esse motivo, há necessidade em realizar estudos que verifiquem a ação ototóxica e neurotóxica da exposição simultânea aos pesticidas e ruído nos sistemas auditivo e vestibular dos servidores da saúde pública. Objetivo: Avaliar o impacto da exposição simultânea dos pesticidas usados na saúde pública e do ruído no sistema auditivo (periférico e central) e no sistema vestibular (periférico e central) de agentes de combate a endemias. Métodos: A amostra do estudo foi composta por agentes de combate a endemias expostos a pesticidas, do tipo inseticida organofosforados e piretróides sintéticos e ruído (grupo exposto), do sexo masculino, entre a faixa etária de 48 a 72 anos. Um grupo controle composto por 18 participantes, sem exposição a pesticidas e/ou ruído, foi utilizado para a comparação dos resultados, pareado com o grupo exposto conforme a faixa etária e sexo. Os participantes foram submetidos à entrevista fonoaudiológica, audiometria tonal em frequências convencionais e altas frequências, logoaudiometria, imitanciometria, pesquisa das emissões otoacústicas evocadas transientes e por produto de distorção, pesquisa do efeito de supressão das emissões otoacústicas transientes, potenciais evocados auditivos de tronco encefálico, teste dicótico de dígitos e avaliação vestibular. Resultados: Não houve diferença estatística entre os grupos na média dos limiares auditivos convencionais e de altas frequências, na logoaudiometria, na pesquisa das emissões otoacústicas evocadas transientes e por produto de distorção e no efeito de supressão das emissões otoacústicas transientes. A análise estatística evidenciou que a probabilidade de perda auditiva é 44 vezes mais no grupo exposto, independente do fator idade. Houve diferença estatística nos achados da timpanometria da orelha direita e no reflexo acústico, com maior número de casos alterados no grupo exposto. Nos potenciais evocados, houve diferença nas latências absolutas das ondas III e V e nas latências interpicos das ondas I-III e I-V, de ambas as orelhas, entre os grupos, com piores resultados no grupo exposto. No teste dicótico de dígitos, o resultado evidenciou maior ocorrência de casos alterados no grupo exposto, com associação significativa entre a exposição aos pesticidas e ruído e os resultados alterados (p=0,0099). Quanto aos resultados dos exames vestibulares, houve prevalência de exames alterados em 36,4% dos casos. Ao correlacionar os resultados da audiometria tonal com os exames vestibulares, observou-se que os participantes que apresentaram piores limiares auditivos na frequência de 4000 Hz da orelha direita também apresentaram resultados alterados no exame vestibular, sendo esta relação significante (p=0,0494). Conclusao: Conclui-se que houve impacto no sistema auditivo (periférico e central) e no sistema vestibular (periférico) dos agentes de combate a endemias expostos simultâneamente aos pesticidas e ruído. Efeitos no sistema auditivo foram observados na audiometria convencional, na timpanometria, no reflexo acústico, nas latências absolutas e latências interpicos dos potenciais evocados auditivos de tronco encefálico e no teste dicótico de dígitos. Além disso, a ocorrência de disfunção vestibular foi observada em mais de 1/3 da população estudada, sendo esta disfunção relacionada à alteração do labirinto anterior e posterior (Síndrome cócleo-vestibular).", publisher = {Universidade Tuiuti do Paraná}, scholl = {Doutorado em Distúrbios da Comunicação}, note = {Distúrbios da Comunicação} }