@MASTERSTHESIS{ 2014:59248761, title = {Indisciplina e currículo praticado no ensino fundamental}, year = {2014}, url = "https://tede.utp.br/jspui/handle/tede/1633", abstract = "Constitui uma investigação qualitativa, exploratória e analítica acerca das formas de interferência exercidas pela indisciplina sobre o currículo praticado no Ensino Fundamental, com base em estudos teóricos e na análise de conteúdo, na perspectiva proposta por Bardin (2011), dos dados obtidos em campo por meio de um questionário aplicado a quinze professores de uma escola pública, da Rede Estadual de Ensino do Paraná, no município de São José dos Pinhais, aqui denominada de “Escola Alfa”. Têm-se como referenciais teóricos um conjunto de autores com destaque para as perspectivas da relação com o saber, segundo Charlot; do acontecimento pedagógico, conforme Meirieu; do currículo praticado, conforme Sacristán; e da indisciplina enquanto fenômeno de aprendizagem, segundo Garcia. A pesquisa de campo foi realizada com o intuito de apreender os significados atribuídos às indisciplinas dos alunos; identificar as situações pedagógicas típicas sobre as quais a indisciplina costuma interferir; e, compreender as formas de interferência exercidas pela indisciplina sobre o currículo praticado e as alterações efetivadas pelo professor em sua prática em função disso. Conclui-se que a indisciplina estaria se constituindo enquanto força de resistência capaz de interferir na equação de poder sobre que se estruturam as relações entre o professor e os alunos na escola, expressando sua resistência às práticas de ensino, às relações e às atividades de aprendizagem que lhes são propostas e disponibilizadas pelos professores na escola. Destacam-se enquanto situações pedagógicas típicas sobre as quais a indisciplina costuma interferir: a exposição e explicação dos conteúdos pelos professores; a realização coletiva das atividades de aprendizagem por parte dos alunos; e, também, sobre os processos de interação entre estes atores, alterando suas rotinas, questionando seus estatutos e obstaculizando a condução do ensino ou a realização das atividades propostas. A indisciplina estaria, portanto, interferindo diretamente sobre o currículo, remodelando os objetivos, as expectativas de aprendizagem, e os conteúdos programáticos planejados pelo professor, reconfigurando o planejamento e sua execução por meio das práticas de ensino dos professores e do que passam a dispor aos seus alunos enquanto atividades e recursos para o desenvolvimento de suas aprendizagens. A modelagem produzida pelo professor sobre o currículo, a partir das interferências exercidas pela indisciplina, apresenta-se por meio de tentativas de implantar mudanças ou na manutenção das formas, rituais e estatutos que envolvem e estruturam estas práticas. Estes procedimentos, contudo, estariam constituindo formas de contenção da indisciplina, enquanto tentativas de restabelecer o controle sobre os alunos e de homogeneização da turma, não implicando em mudanças substantivas nas condições de ensino e aprendizagem, tampouco na qualidade das relações e interações que estabelecem com os alunos.", publisher = {Universidade Tuiuti do Paraná}, scholl = {Mestrado em Educação}, note = {Educação} }