@MASTERSTHESIS{ 2015:811992252, title = {Maternidade na prisão: uma análise das relações de apego entre filhos e mães encarceradas}, year = {2015}, url = "http://tede.utp.br:8080/jspui/handle/tede/1572", abstract = "A criança tende a estabelecer com seu cuidador, geralmente a mãe, relações de apego que são fundamentais para orientar o seu desenvolvimento afetivo, cognitivo e social. As ausências ou prejuízos nas ligações afetivas, durante a primeira infância, interferem no desenvolvimento saudável da criança, afetando suas relações. Filhos de mães encarceradas podem apresentar problemas de saúde física, emocional e de relacionamento social, ocasionados pela instabilidade do vínculo afetivo, que os tornam vulneráveis e ampliam fatores de risco no decorrer da vida. O presente estudo teve como objetivos: a descrição das características sociodemograficas das mães encarceradas e respectivos filhos; a análise das relações de apego entre filhos e mães, dentro do sistema carcerário, e identificação dos padrões de apego predominantes naquelas relações. Participaram da pesquisa oito díades de filhos e mães encarceradas, sendo que os filhos nasceram e se desenvolveram dentro do ambiente prisional, e cujas idades variaram entre um a quatro anos. Utilizou-se como estratégia, para a coleta de dados, entrevista semiestruturada com as mães, com duração média de uma hora, com a finalidade de coletar dados sociodemograficos, familiares e dos filhos, bem como sessões de observação da interação das díades filhos-mães em registro cursivo, com utilização de material lúdico apropriado e com duração de trinta minutos. A partir das observações surgiram quatro categorias descritivas (Apego Seguro, Apego Inseguro, Responsividade Materna e Negligência Materna) e duas subcategorias de Apego Inseguro (Apego Inseguro Evitante/Desinteressado e Apego Inseguro Ambivalente/Resistente). Os resultados totais das análises das entrevistas e das observações apontaram a existência de Apego Seguro, em cinco das oito díades (62,5%), com média 37,40 e dp=8,41, e Apego Inseguro, em três díades (37,5%), com média de 11,66 e dp=10,60. Foi identificada predominância maior nas díades de Apego Inseguro Ambivalente/Resistente, com média 5,00 e dp=4,34, e menor de Apego Inseguro Evitativo/Desinteressado, com média 3,38 e dp=1,69. As correlações de Pearson indicaram escores de altas associações significativas entre Apego Seguro e Responsividade Materna, com p=0,00; entre Apego Inseguro Ambivalente/Resistente e Negligência Materna, com p=0,00; e entre Apego Inseguro Evitante/Desinteressado e Negligencia Materna, com p=0,02. Os dados obtidos mostram que, apesar das dificuldades que decorrem do contexto de encarceramento pesquisado com relação ao exercício da maternidade, mães e filhos estabelecem relações Seguras de Apego que beneficiarão a díade. Para as crianças, garantem as bases para o seu desenvolvimento e representações mais positivas para suas futuras relações; e, para as mães, representam a melhoria da saúde mental, diminuição do estresse e menor reincidência no crime. Cabe às políticas públicas assumir o compromisso de investir em programas que capacitem mulheres encarceradas para o cumprimento do seu papel de mãe e assegurar às crianças seus direitos legais, visando seus melhores interesses.", publisher = {Universidade Tuiuti do Parana}, scholl = {Mestrado em Psicologia}, note = {Psicologia} }