@MASTERSTHESIS{ 2015:950776676, title = {Percepções sobre o processo de cuidar de sujeitos com paralisia cerebral}, year = {2015}, url = "http://tede.utp.br:8080/jspui/handle/tede/1420", abstract = "Introdução: a presença de uma criança ou adolescente com Paralisia Cerebral altera o modo de vida das pessoas que convivem com elas e o de seus cuidadores familiares, que precisam realizar o cuidado em paralelo às tarefas cotidianas. A demanda intensa de cuidados requeridos pela pessoa com Paralisia Cerebral pode levar seus familiares a sentirem-se cansados, isolados, estressados e sobrecarregados. Objetivo: identificar as percepções de cuidadores familiares acerca do processo de cuidar de crianças e adolescentes com paralisia cerebral, atendidos em um hospital de ensino, vinculado ao Sistema Único de Saúde. Método: trata-se de um estudo de abordagem mista no qual participaram 50 cuidadores familiares de crianças e adolescentes com paralisia cerebral. Para a coleta dos dados, utilizou-se de questionário composto por 39 questões, sendo 35 fechadas e quatro abertas. Foi usado o Inventário de Sobrecarga de Zarit. Para a investigação quantitativa foi aplicado o teste estatístico qui-quadrado nas associações de variáveis, considerando-se o nível de significância estatística de 0,05. Para a abordagem qualitativa, foi realizada análise de conteúdo, conforme método proposto por Bardin. Resultados: a média de idade dos cuidadores familiares foi de 35,2 anos, mediana de 34,5 e desvio padrão 10,5 anos, 94% são mulheres, 80% são mães, 72% declaram-se casadas, 38% afirmam ter o segundo grau, e 44% estão desempregados. Além disso, 77,6% apontam alterações na vida pessoal ocasionadas pelo ato de cuidar, 42% referem oscilação na própria saúde e 72% buscam apoio na religiosidade. Concernente ao grau de sobrecarga observou-se que 48% dos cuidadores indicam pequena sobrecarga e 52% grau moderado. A partir da análise de conteúdo, é possível inferir que a maioria dos cuidadores tem percepções positivas diante do ato de cuidar e, ao relatarem sobre sua Qualidade de Vida, vinculam-na ao bem estar dos sujeitos cuidados. Com relação ao entendimento acerca de direitos e deveres dos cuidadores, parcela significativa dos respondentes vincula a sua própria cidadania aos direitos dos sujeitos aos quais cuidam. Conclusão: apesar, das percepções positivas dos cuidadores acerca do cuidar de crianças e adolescentes com Paralisia Cerebral, percebe-se que essa prática ao longo dos anos pode sobrecarregar o sujeito que cuida. E isso pode comprometer a sua condição de saúde física, mental e social, com alterações significativas em sua qualidade de vida e na do sujeito cuidado. Compete aos profissionais de saúde o desenvolvimento de ações que promovam o conhecimento do cuidador, a fim de empoderá-lo para o desenvolvimento do cuidado. Ressalta-se que essas ações precisam ser desenvolvidas no sentido de facilitar a prática do cuidado no contexto familiar, evitando a sobrecarga e promovendo a saúde do cuidador, considerando sua história pessoal e familiar, sua cultura, crenças e valores", publisher = {Universidade Tuiuti do Parana}, scholl = {Mestrado em Distúrbios da Comunicação}, note = {Distúrbios da Comunicação} }