@PHDTHESIS{ 2016:1177423797, title = {A comunicação suplementar e/ou alternativa: atividade semiótica promotora das interações entre professores e alunos com oralidade restrita}, year = {2016}, url = "http://tede.utp.br:8080/jspui/handle/tede/1284", abstract = "O objetivo desta pesquisa foi analisar como professores que atuam junto a alunos com restrições de fala concebem a Comunicação Suplementar e Alternativa (CSA) e que visões possuem acerca dos modos de interação com tais alunos. Partiu-se do pressuposto de que a CSA, uma vez concebida como atividade semiótica, pode promover interações dialógicas, favorecendo, deste modo, a apropriação da linguagem e do conhecimento. O trabalho se fundamenta na abordagem dialógica da linguagem, tendo como base as formulações de Mikhail Bakhtin, as quais estão ancoradas em uma perspectiva sócio-histórica. Defende-se a tese de que os modos de interação estabelecidos entre os professores e alunos com restrições de fala e o uso da CSA no contexto escolar, quando pautados numa perspectiva dialógica da linguagem, viabilizam a criação de espaços de interação. Realizou-se uma análise da delimitação da área denominada CSA, investigando-se historicamente a concepção de linguagem predominante. Verificou-se também a produção do conhecimento em CSA no contexto educacional em âmbito nacional. A pesquisa de campo foi realizada com professores que lecionam para alunos com comprometimentos significativos de oralidade, das unidades de ensino municipais de uma cidade localizada na Região Metropolitana de Curitiba. Participaram da pesquisa 27 sujeitos, sendo 25 do sexo feminino e dois do sexo masculino. Entrevistas individuais semiestruturadas foram realizadas em uma escola municipal de ensino especial, em nove escolas municipais de ensino fundamental e em três centros municipais de educação infantil. As entrevistas foram analisadas conforme a análise dialógica do discurso de cunho bakhtiniano. Quanto aos resultados, verificou-se que a visão predominante na delimitação da área de CSA (a partir de revisão de literatura nacional e internacional) é tecnicista e instrumental. Verificou-se também que, nas políticas públicas nacionais voltadas ao processo de ensino-aprendizagem de alunos com oralidade restrita, a CSA é considerada ferramenta para acessibilidade à comunicação. A visão da linguagem como código de comunicação prevaleceu entre as produções acadêmicas sobre CSA no contexto educacional. A partir da análise dos discursos dos professores, verificou-se igualmente a predominância da concepção da CSA como código de comunicação; ferramenta de expressão, comunicação e representação dos pensamentos de sujeitos com oralidade restrita; veículo de auxílio à aprendizagem e à avaliação dos conhecimentos ensinados; conceituada como sinais gráficos; como língua; como instrumento que serve para propiciar o desenvolvimento da oralização e como placas de sinalização. Essa mesma visão tecnicista e instrumental da CSA está presente quando os professores assumem uma posição na qual não envolvem seus alunos como falantes; quando alegam que a CSA é uma técnica a ser aprendida e quando limitam suas interações com os alunos devido aos aspectos orgânicos e características decorrentes das deficiências. Constatou-se também, apesar da predominância da visão da CSA como instrumento, que alguns professores se afastam dessa concepção e concebem a CSA como signo, portanto, como atividade semiótica.", publisher = {Universidade Tuiuti do Parana}, scholl = {Doutorado em Distúrbios da Comunicação}, note = {Distúrbios da Comunicação} }