@PHDTHESIS{ 2017:870920530, title = {Representação social de velhice e de cuidado entre cuidadores ocupacionais de idosos}, year = {2017}, url = "http://tede.utp.br:8080/jspui/handle/tede/1220", abstract = "O objetivo geral deste estudo foi compreender as representações sociais que cuidadores ocupacionais domiciliares de idosos têm acerca do cuidado e da velhice. E os objetivos específicos buscaram caracterizar os participantes da pesquisa, bem como as práticas que desenvolvem no cuidado ao idoso, refletindo como tais práticas são influenciadas pelas concepções de velhice e de cuidado representadas pelos participantes. Para tanto, seu percurso teórico e metodológico fundamentou-se na teoria das representações sociais, proposta por Serge Moscovici e na análise de conteúdo, orientada por Laurence Bardin. Realizou-se uma pesquisa descritiva de abordagem quali e quantitativa com 50 cuidadores ocupacionais de idosos que desenvolvem suas atividades de trabalho em âmbito doméstico, na cidade de Curitiba-PR. A captação dos participantes deu-se por meio da técnica “bola de neve”, em que um entrevistado indica o outro. Para a coleta de dados utilizou-se um questionário estruturado com perguntas fechadas e abertas. A análise quantitativa foi empregada na caracterização do perfil sociodemográfico e laboral dos participantes. Já, a análise quali-quantitativa, que voltou-se ao material linguístico-discursivo relacionado à velhice, ao cuidado e às práticas de cuidado na velhice, estruturou-se em eixos e subeixos concernentes aos objetivos da pesquisa. Os resultados indicaram que 92% dos participantes eram mulheres, com idade média de 47,7 anos (DP=10,7 anos), 76% tinham ensino médio completo e 50% participaram de curso de formação inicial e continuada em cuidador de idosos. Entre os cuidadores com menos de 10 anos na atividade, a realização de curso de cuidador de idosos foi significantemente maior do que os que estão atuando neste contexto há mais de 10 anos. A média de tempo na ocupação foi de 9,0 anos (DP=9,6 anos). A atividade é exercida sem registro em carteira de trabalho por 52% e a média de horas trabalhadas é de 50,6 horas semanais (DP=15,5 horas), com remuneração mensal em 64% da amostra de até dois salários mínimos. 90% cuidam exclusivamente do idoso, desempenhando atividades domésticas complementares a este cuidado. De forma geral, iniciaram a atividade por conta da demanda de mercado e o interesse no cuidado aos idosos, sendo que 38% migraram de setores como a indústria e o comércio, e 34% do próprio trabalho doméstico, a partir de outras funções. Quanto à formação inicial e continuada em cuidador de idosos, a comparação dos dados entre os participantes com e sem estes cursos, apontou que tal formação não promoveu melhores condições laborais no que se refere aos direitos trabalhistas e à remuneração mensal destes trabalhadores. O eixo Representação de velhice revelou contradições expressas pela mescla de enunciações positivas e negativas relacionadas ao processo de envelhecimento, com ligeiro predomínio de objetivações positivas. Entre estas, destacaram-se as características de temperamento, os ideais de sabedoria, a independência, a autonomia, a saúde e o afeto. E, entre as negativas, foram representadas as dificuldades de relacionamento, o declínio físico/corporal, a negação da velhice, a dependência, o sofrimento e a doença. O eixo Representação de cuidado contemplou, nos três subeixos investigados, objetivações vinculadas a aspectos afetivos. E, por fim, o eixo Práticas de cuidado na velhice destacou, entre as atividades preferidas dos cuidadores, as de cunho comunicacional e afetivo, totalizando 50% das enunciações. E entre as práticas preteridas, 57% das objetivações referiam-se a procedimentos de natureza técnica, como a mobilização do idoso e a higiene vinculada às excretas humanas. Nas considerações finais do estudo, é possível inferir que as representações sociais de velhice e de cuidado influenciam as práticas dos participantes, que se desenvolvem com breve tendência emancipatória, ancoradas no paradigma do envelhecimento ativo, amplamente tratado nas políticas públicas nacionais e internacionais. Constatou-se que no cenário brasileiro e internacional ainda são incipientes as pesquisas envolvendo aspectos relacionados ao perfil dos cuidadores ocupacionais de idosos e suas representações de cuidado e de velhice, bem como suas práticas de trabalho. Neste sentido, os dados da presente pesquisa retratam uma realidade que pode contribuir com outros estudos interessados nesta temática, bem como alicerçar a formação de cursos direcionados a estes trabalhadores.", publisher = {Universidade Tuiuti do Parana}, scholl = {Doutorado em Distúrbios da Comunicação}, note = {Distúrbios da Comunicação} }