@MASTERSTHESIS{ 2021:829268473, title = {Violência entre parceiros íntimos (VPI): avaliação de fatores de risco para a perpetração da VPI contra a mulher e estudo de viabilidade de um programa de intervenção}, year = {2021}, url = "https://tede.utp.br/jspui/handle/tede/2105", abstract = "No âmbito da violência entre parceiros íntimos (VPI) contra a mulher torna-se fundamental identificar fatores de risco relacionados à perpetração desse tipo de violência. O objetivo desta pesquisa foi comparar avaliações de homens com e sem histórico de denúncia de VPI contra a mulher, a fim de identificar os fatores de risco e de proteção envolvidos na perpetração da VPI. A amostra foi composta por 36 homens adultos, sendo 18 homens autores de VPI, noticiados em boletins de ocorrência em uma unidade policial (Kovalhuk & Gomide, no prelo), e 18 homens que relataram não apresentar histórico de denúncia de VPI e encontravam-se em um relacionamento íntimo estável. Foram aplicados oito instrumentos para avaliação dos participantes e um questionário sociodemográfico. Foram realizadas análises estatísticas de comparação entre os grupos e análise de correlação das variáveis avaliadas. A comparação de homens com e sem histórico de denúncia de VPI evidenciou variáveis significativas que diferenciaram os grupos, como uso abusivo de álcool (U = 61,0; p = 0,001), histórico infracional familiar (U = 57,5; p = 0,001), níveis de empatia (U = 99,50; p = 0,048), crenças legitimadoras de violência conjugal (U = 22,00; p < 0,001) e uso de violência nos conflitos conjugais (U = 25,00; p < 0,001). As demais variáveis avaliadas, como práticas parentais maternas (U = 124,5; p = 0,24) e paternas (U = 121,5; p = 0,29), traços de raiva (U = 137,0; p = 0,228) e de psicopatia (U = 103,5; p = 0,264) não diferenciaram os grupos, apesar de terem apresentado diferenças significativas nas subescalas destes instrumentos. Os resultados demonstraram que houve uma correlação significativa positiva e moderada entre o uso abusivo de álcool com o tempo de relacionamento com a vítima (rho = 0,56; p= 0,015) e o número de filhos(as) (rho = 0,62; p= 0,006). As crenças legitimadoras de violência conjugal dos agressores VPI se correlacionaram positivamente e moderadamente com traços de psicopatia (rho = 0,39; p = 0,01) e conflitos conjugais (rho = 0,37; p = 0,014). Houve uma correlação significativa, positiva e moderada (rho = 0,51; p = 0,01) entre traços de raiva e de psicopatia dos agressores VPI e entre conflitos conjugais (rho = 0,33; p = 0,03) e psicopatia. As infrações cometidas pelos agressores e seus familiares apresentaram uma associação significativa positiva e moderada com crenças de violência conjugal (rho = 0,50; p = 0,01), conflitos conjugais (rho = 0,50; p = 0,01), raiva (rho = 0,32; p = 0,039) e psicopatia (rho = 0,38; p = 0,01). Os dados obtidos permitiram identificar e compreender alguns fatores de risco que podem estar envolvidos na perpetração e manutenção da VPI. Em contrapartida, a empatia se correlacionou negativamente e significativamente (rho = -0,32; p = 0,035) com o uso de violência pelos agressores em seus conflitos conjugais, sugerindo que a empatia pode se configurar enquanto um fator de proteção. Considera-se que os resultados deste estudo podem indicar um aprimoramento para a avaliação de risco da VPI e direcionamentos para intervenções futuras, a fim de promover estratégias de prevenção à violência contra a mulher.", publisher = {Universidade Tuiuti do Paraná}, scholl = {Mestrado em Psicologia Forense}, note = {Psicologia Forense} }