@MASTERSTHESIS{ 2023:806746615, title = {O ritual de Zé do Caixão: considerações sobre o espectador ideal em delírios de um anormal (1978), de José Mojica Marins}, year = {2023}, url = "https://tede.utp.br/jspui/handle/tede/1916", abstract = "Esta dissertação visa compreender a construção do espectador ideal em Delírios de um anormal (1978) em relação a noção de espectador ideal trabalhado por David Bordwell (1985) e Augustus Schlegel (1965). Em Bordwell, tomamos o termo espectador como uma entidade ideal que possui capacidades cognitivas similares ao ser humano, sendo exterior à obra, havendo assim a compreensão da construção da narração de um filme na interação contínua entre estilo e enredo, enquanto este interage com a estória. Ademais, o enredo controlaria o fluxo de informações para a construção da estória por meio do estilo. Este processo volta-se ao espectador ideal, pois ele realizaria constantes inferências no entendimento do que é apresentado. Por sua vez, Augustus Schlegel entende o coro da tragédia grega também como o espectador ideal. Do cotidiano, o coro diz respeito a um grupo de pessoas que acompanhariam transações importantes na antiga Grécia. Nossa hipótese é a de que o espectador ideal em Delírios de um anormal seria Zé do Caixão, isto é: não seria exterior ao filme, nem abstrato como o espectador em Bordwell, nem apenas uma espécie de interseção dramática como entende Schlegel. Haveria a convergência das noções de ambos os espectadores, ainda que com peculiaridades próprias do coveiro (Josefel Zanatas, personagem interpretado pelo próprio José Mojica Marins). Nas suas ações em Delírios, Zé do Caixão surge na realidade diegética, no sonho e nas cenas de filmes, estes realizados anteriormente por José Mojica Marins e incluídos em Delírios de um anormal. Para a análise do espectador ideal, nos utilizaremos da construção do enredo, considerando o estilo e a estória (Bordwell) e, com base na análise, propomos um aprofundamento da composição desses aspectos do filme. Por fim, além de fomentar as pesquisas sobre espectatorialidade e experiência cinematográficas, haveria a possibilidade de deslocamento do termo espectador do campo geral, localizando-o como uma possibilidade limítrofe entre filme e cotidiano.", publisher = {Universidade Tuiuti do Paraná}, scholl = {Mestrado em Comunicação e Linguagens}, note = {Comunicação e Linguagens} }