@MASTERSTHESIS{ 2021:642658778, title = {CORINGA (2019): o que há por trás da máscara?}, year = {2021}, url = "https://tede.utp.br/jspui/handle/tede/1906", abstract = "A proposta geral dessa dissertação de mestrado é analisar a jornada do vilão em um filme originário das histórias em quadrinhos, com ênfase na caracterização do protagonista. O corpus empírico selecionado como objeto de estudo foi Joker (2019) do diretor Todd Phillips, que conta a origem do vilão mais popular da DC Comics. O filme se destaca, em meio as demais adaptações das HQs da franquia de Batman, por evitar embates dicotômicos entre o bem o mal. Ironicamente, a premissa criada por Phillips é marcada justamente pelo oposto: a perda de controle, em um universo urbano onde Batman ainda não existe e o caos é agravado nas ruas de Gotham, cada vez mais imundas e violentas. A justificativa para esse estudo parte da necessidade de demonstrar como a obra realiza uma série de rupturas, as quais abrangem desde aspectos técnicos, tais como a ausência de superpoderes e efeitos especiais, comuns em adaptações fílmicas de HQs contemporâneas; aspectos narrativos, por ser um filme sobre um vilão sem a presença de um herói para combatê-lo; além dos fins políticos presentes, que sinalizam mudanças sobre a percepção das desigualdades sociais. De início, realizou-se uma busca pelo estado da arte, mais especificamente, por trabalhos acadêmicos que tratassem sobre as questões do arquétipo do vilão e as adaptações fílmicas de histórias em quadrinhos. Neste tema, encontraram-se os livros de Denise Guimarães (2012), Christopher Vogler (2006), Carl Jung (2000), as teses de Luís Gustavo Vechi (2008), Alexandre Schmitt (2011) e as dissertações de Valéria Yida (2016) e Fabricio Marques Franco (2017). A problematização está vinculada às indagações sobre o que realmente há por trás da máscara de Arthur Fleck; e em como, nesse contexto, o Coringa assumiria ou não uma atitude perversa, pertinente ao comportamento esperado do arquétipo sombrio ao qual pertence. Chega-se a conjecturar a hipótese: E se, a criação da persona Arthur Fleck não for uma tentativa de humanizar o Coringa, mas sim uma catarse baseada em memórias imaginárias? Partindo dessa hipótese, o final desmascararia a hipocrisia, uma vez que os argumentos usados para que o público simpatizasse com o vilão e justificasse os crimes dessa figura vingativa, fossem, na verdade, meros frutos das suas memórias distorcidas. No final, o Coringa dançaria e zombaria daqueles que acreditaram em sua história. Para Baudrillard (1991, p. 11) a representação ou simulação pode atuar como uma como uma espécie de “sedução circular”. Tendo isto em vista, o personagem Coringa pode ter usado suas danças e a narrativa fantasiosa para nos seduzir. Afinal, como podemos julgá-lo não doente, se ele simula tão bem os sintomas da condição mental que alega ter? E, se esta fosse realmente uma doença incurável, que sempre o fazia rir de forma incontrolável, como matar, poderia simplesmente tê-lo feito adquirir o suposto autocontrole sobre essa risada? Levantar tais questões reforça a sensação de que fomos enganados por uma narrativa fantasiosa, criada por uma mente perversa e insana. Para comprovar a hipótese, o objetivo desta pesquisa foi realizar uma análise dos aspectos estético-narrativos de Joker (2019). O processo foi dividido em duas etapas: primeiramente efetuou-se a decupagem dos elementos fílmicos, para posteriormente realizar a interpretação e reconstrução do filme tendo em conta os elementos decompostos. Adotou-se como metodologia a análise fílmica, com aporte teórico nos conceitos de Aumont (1995), Penafria (2009), Xavier (1983) e Vogler (2006), entre outros estudiosos sobre o tema.", publisher = {Universidade Tuiuti do Paraná}, scholl = {Mestrado em Comunicação e Linguagens}, note = {Comunicação e Linguagens} }